Há 17 anos atrás, nesta mesma semana do ano (na altura 1993), estava eu a terminar a minha bolsa Erasmus, em Göttingen (Alemanha), regressei à pressa para Lisboa a tempo de ainda passar as últimas 24h de vida da minha Mae.
Deixou-nos no dia 15 de Fevereiro, com 50 anos de idade, a meros 6 dias do meu 21 aniversário. Um cancro, sempre um maldito cancro que destrói tudo por onde passa, devasta as vítimas e os seus familiares, derruba vidas, abala lares.
Hoje, passados estes anos, aqui estou eu num aviao, desta vez no percurso inverso Portugal-Alemanha, um dia depois de fazer 38 anos! (É verdade, ontem fiquei mais velha, entenda-se madura!) E o motivo da viagem é, infelizmente, o mesmo... Um cancro, um maldito cancro, que nao nos deixa ser feliz em paz!
A Gudrun, namorada do meu Pai, que é alema, deixou-nos ontem no meu dia e dia de uma das netas dela! Um velhaco de um cancro, que nao a deixou ver os netos crescer, que nao deixou as minhas filhas gozarem um pouco mais desta Avó emprestada, que tanto brincou com elas!
Para nós (eu, o meu irmao e o meu Pai), para além da perda actual, é um reviver de momentos que queríamos ver enterrados. Mas acima de tudo, estes abanoes nas nossas vidas, servem para pensarmos que, sendo o futuro sempre incerto, devemos aproveitar da melhor forma os momentos que passamos com as pessoas que nos rodeiam e nao perdermos tempo com parvoíces e arrelias.
Auf wiedersehen Gudrun!
Estou a escrever num teclado alemao sem til, daí os erros de ortografia. Desculpem!
Desejo muita força para vocês nesse momento tão triste!
ResponderEliminarUm beijo!
As perdas são sempre muito duras! Eu sei...e o pior é que não sei lidar com elas. Tenho muita dificuldade em dizer alguma coisa nestes momentos, desculpa... Muita força e um grande beijo de parabéns.
ResponderEliminarA Patricia tinha razão, escreves maravilhosamente!!!
Beijos
telma
A doença do silêncio, é como lhe chamo... A maioria das vezes, só "fala" demasiado tarde... Lidar com a partida dos que amamos é das coisas mais difíceis na vida... Força!
ResponderEliminarA vida é muito injusta... e prega-nos partidas que nem imaginamos.
ResponderEliminarAdmiro muito a tua maneira de ser (embora não te conheça assim tão bem!), és frontal e muito humana...
só posso enviar-te muita energia positiva, para ti e para a tua família!
força,
margarida
olá mãe,
ResponderEliminarA vida é muito injusta. Nem a Gudrun nem nós merciamos o que aconteceu.
Infelizmente já não volto a ver a Gudrun e não coheci a avó, mas vou guardar todos os momentos bons que tive com a Gudrun e as coisas que sei sobre a avó para o resto da vida...
Muitos beijinhos
Obrigada pelas vossas palavras e pela força que querem cá fazer chegar. Embora não nos conheçamos, como diz a Margarida, é muito bom saber que alguém desse lado nos quer animar.
ResponderEliminarFilha I., quando eu crescer quero ser como tu, manter essa calma toda e ter as ideias tão arrumadinhas. :) Beijinhos
Força neste momento!
ResponderEliminarPelo comentário no meu blogue sinto que és mais uma Sofia que olha a Vida de uma forma positiva.
Com carinho especial
Sofia
que triste Sofia ! um abraço vera
ResponderEliminarSofia e Vera, obrigada.
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